O câncer de pulmão é o segundo tipo mais comum entre homens e mulheres no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele esta atras apenas do câncer de pele. No entanto, o câncer de pulmão e o líder em mortes por neoplasia no Brasil, o que mostra como essa é uma doença grave. Apesar disso, existem tratamentos eficazes na promoção da cura do paciente.
Sabe quais são as alternativas de tratamento disponíveis? Se não, continue a leitura para conhecer mais sobre o assunto.
O que é o câncer de pulmão?
Na maioria das vezes decorrente do tabagismo, o câncer, ou neoplasia maligna do pulmão, é um tipo de tumor que se caracteriza pelo rompimento dos mecanismos celulares naturais do pulmão em razão da proliferação das células malignas. Essa patologia é classificada de acordo com o tipo de tumor encontrado no órgão.
Os tipos mais comuns são o carcinoma indiferenciado de grandes células (15%), o adenocarcinoma (40%), o carcinoma de células escamosas (25%), e o carcinoma de pequenas células, que juntamente a outros tipos mais raros totalizam 100% dos casos.
Quais são as alternativas de tratamento?
Antes de iniciar o tratamento, é fundamental descobrir o estágio em que se encontra o câncer de pulmão e qual é o tipo de tumor. Dessas informações, depende o resultado de qualquer medida a ser adotada.
A doença é classificada nos grupos de câncer de pequenas células ou de não pequenas células. A melhor escolha de tratamento irá variar para cada um desses casos.
O câncer de pequenas células, em raros casos em que é percebido precocemente e tem acometimento local, ou seja, apenas no pulmão, pode ser tratado cirurgicamente com a retirada da parte do pulmão que contem o tumor. No entanto, para esse tipo de câncer, isso é a exceção. Normalmente o pequenas células e percebido quanto ja existe acometimento de varias partes do pulmão, dos linfonodos mediastinais ou de outros órgãos (as chamadas metástases). Nesse caso o tratamento preferencial será com quimioterapia e radioterapia, conforme orientação do médico oncologista.
O tratamento do câncer de pulmão de não pequenas células (grandes celular, adenocarcinoma e de células escamosas) se divide conforme o chamado estadio da doença. Estadio é a determinação do grau de avanço e gravidade em que o câncer se encontra. Ele é dividido em 4 grupos, sendo o estadio 1 o mais precoce e 4 o mais avançado.
Apos o diagnóstico de um câncer de pulmão não pequenas células, além do tipo do tumor, o cirurgião irá realizar o estadiamento do paciente, ou seja, descobrir em qual estadio o paciente se encontra. Para isso são realizados exames de imagem (tomografia, PET ou ressonância) que visam avaliar doença em outros órgãos, e procedimentos invasivos para avaliar a presença ou não de doença nos linfonodos mediastinais (EBUS ou mediastinoscopia). Com essas informações é possível saber em qual estadio se encontra o paciente e seu câncer de pulmão.
Nos estadios 1 e 2, doença em fases iniciais, o procedimento indicado é a resseção cirúrgica completa, que consiste na remoção da parte do pulmão que contem o tumor associada a remoção dos linfonodos mediastinais. Isso é a lobectomia pulmonar com linfadenectomia mediastinal. A cirurgia é realizada de forma minimamente invasiva (toracoscópica ou robótica), sob anestesia geral, com tempo de internação medio de 4 dias e recuperação em casa de aproximadamente duas semanas. Da mesma forma, em algumas situações e necessário remoção de todo o pulmão, sendo chamado de pneumonectomia. Após a cirurgia, os pacientes nos estadio 2 podem precisar realizar quimioterapia para potencializar os sucessos de cura.
Quando a doença está no estadio 3, doença localmente avançada, além da cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia podem ser indicadas antes ou depois do procedimento. Esse paciente tem muitas opções de tratamento diferentes disponíveis, e no caso dele, é essencial a discussão em equipe multidisciplinar (cirurgião, oncologista, radioterapeuta e pneumologista) para determinar o melhor caminho e conseguir as melhores chances de cura.
O estadio 4 é o mais grave e avançado, nele o câncer já se espalhou para outros órgãos. Assim, o tratamento com cirurgia não está indicado, e o paciente prossegue com quimioterapia, terapia com drogas alvo ou imunoterapia, conforme orientação do oncologista. Embora as chances de cura sejam menores que nos estriamentos 1, 2 e 3, o tratamento é extremamente importante para prolongar a expectativa de vida do paciente com a melhor qualidade e bem-estar possível.
É importante ressaltar mais uma vez que todos os pacientes, independentemente do tipo ou estadio da doença, devem ser acompanhados por equipe multidisciplinar afim de que a melhores decisões e caminhos de tratamento sejam tomadas.
Como você percebeu, existem diversas alternativas de tratamento do câncer de pulmão. A escolha pela melhor opção será realizada por um médico especializado nessa patologia.
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